A Revolução Francesa: Resumo, O que foi, Causas, Fases e Consequências
📌 Resumo: A Revolução Francesa, que começou em 1789, foi um dos acontecimentos mais importantes da História. Ela marcou o fim do Antigo Regime — um sistema onde o rei tinha poder absoluto e a sociedade era dividida de forma desigual — e deu início a ideias modernas de liberdade, igualdade e participação política.
Essa revolução foi causada por vários fatores, como uma crise econômica grave, altos impostos para os mais pobres, privilégios para a nobreza e o clero, além da influência das ideias iluministas, que defendiam a razão, os direitos do cidadão e o fim dos abusos do poder real.
O início da Revolução aconteceu com a convocação dos Estados Gerais, uma reunião dos três grupos sociais da época: o clero (Primeiro Estado), a nobreza (Segundo Estado) e o povo (Terceiro Estado). Como o Terceiro Estado era sempre prejudicado nas decisões, seus representantes romperam com a assembleia e formaram a Assembleia Nacional, exigindo mudanças.
Um dos momentos mais famosos foi a Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789. A queda dessa prisão virou símbolo da luta contra a opressão do rei e deu força ao lema da Revolução: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
A Revolução teve várias fases: a Assembleia Nacional Constituinte (1789–1792), quando se tentou criar uma monarquia constitucional; a Convenção Nacional (1792–1795), marcada pelo radicalismo dos jacobinos e pela execução do rei Luís XVI; e o Diretório (1795–1799), um período mais moderado e instável.
Em 1799, Napoleão Bonaparte aplicou um golpe conhecido como 18 de Brumário e assumiu o poder, encerrando oficialmente a Revolução. Mesmo assim, suas ideias continuaram influenciando a política em várias partes do mundo.
A Revolução Francesa foi essencial para espalhar o ideal de que todos são iguais perante a lei e têm direito à liberdade e participação política. Seu legado ainda inspira lutas por justiça e democracia no mundo todo.
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Contexto histórico e motivos da Revolução
Ao final do século XVIII, a França vivia uma profunda crise econômica, política e social. A monarquia absolutista liderada por Luís XVI enfrentava dificuldades financeiras causadas por altos gastos com guerras (especialmente a Guerra dos Sete Anos e o apoio à independência dos Estados Unidos), além do luxo excessivo da corte de Versalhes. O sistema fiscal era injusto: o clero e a nobreza, que compunham os dois primeiros estados, estavam isentos de impostos, enquanto o Terceiro Estado — formado por camponeses, trabalhadores urbanos e a crescente burguesia — arcava com pesados tributos.
🎯 Resumo: Divisão da sociedade na França
Pré-Revolucionária
🏛️ Grupo Social (Estado) |
🧩 Composição |
⚖️ Condição Socioeconômica |
🟪 Primeiro Estado 👑 Clero |
✝️ Alto Clero: cardeais, bispos e abades ✝️ Baixo Clero: padres, monges e frades |
🏰 Detinham grandes propriedades e arrecadavam dízimos e taxas religiosas (batismo, casamento, enterros). |
🟦 Segundo Estado ⚔️ Nobreza |
👑 Nobreza da Corte 🏞️ Nobreza rural (proprietários de grandes terras) 📜 Nobreza de toga (burgueses que compravam títulos) |
💰 Viviam do apoio do Estado ou da exploração dos camponeses. Muitos atuavam também no comércio. |
🟩 Terceiro Estado 🔨 Burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses |
🧱 Burguesia (comerciantes, profissionais livres) 🏙️ Trabalhadores urbanos 🌾 Camponeses (a maioria da população francesa) |
💼 Sustentavam financeiramente o reino com impostos e trabalho. Os camponeses arcavam com tributos ao Estado e à nobreza.
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📌 Resumo da organização social na França antes da Revolução Francesa, dividida em clero, nobreza e povo.
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Além da desigualdade social e da crise econômica, o pensamento iluminista ganhava força entre os intelectuais e membros da burguesia. Obras de pensadores como Montesquieu, Rousseau e Voltaire criticavam o absolutismo, pregavam a divisão dos poderes e defendiam a liberdade individual. As ideias iluministas encontraram ressonância em um povo cansado da opressão e motivado por transformações profundas.
Também havia uma crise agrícola, com más colheitas nos anos anteriores à Revolução, o que elevou o preço dos alimentos e provocou fome entre as camadas mais pobres da população. O descontentamento popular aumentou ainda mais após a convocação dos Estados Gerais, em 1789, uma tentativa do rei de solucionar a crise fiscal. O Terceiro Estado, indignado com sua limitada representação, rompeu com a assembleia e se proclamou como Assembleia Nacional, dando início ao processo revolucionário.
📜 Contexto histórico e os motivos da Revolução Francesa
Crise pré-revolucionária
O descontentamento popular aumentou ainda mais após a convocação dos Estados Gerais, em 1789, uma tentativa do rei de solucionar a grave crise fiscal enfrentada pela França. O Terceiro Estado, indignado com sua limitada representação política, rompeu com a assembleia tradicional e se autoproclamou como Assembleia Nacional, dando início oficial ao processo revolucionário.
Mas, afinal, o que eram os Estados Gerais? Tratava-se de uma antiga instituição de origem medieval, convocada esporadicamente na França desde o século XIV. Essa assembleia reunia representantes dos três estamentos que compunham a sociedade do Antigo Regime: o Primeiro Estado (clero), o Segundo Estado (nobreza) e o Terceiro Estado (formado por burgueses, artesãos, camponeses e trabalhadores urbanos em geral). Cada estado possuía apenas um voto coletivo, o que colocava o Terceiro Estado — apesar de representar cerca de 98% da população francesa — em clara desvantagem.
A última convocação dos Estados Gerais havia ocorrido em 1614. No entanto, em 1789, diante da falência do Estado francês, o rei Luís XVI decidiu convocá-los novamente, esperando conseguir apoio político para implementar medidas tributárias emergenciais. A crise fiscal era resultado de gastos excessivos da corte, isenção fiscal das camadas privilegiadas e pesados investimentos em guerras — como a participação francesa na Guerra de Independência dos Estados Unidos.
O Terceiro Estado, por sua vez, via a convocação dos Estados Gerais como uma rara oportunidade de exigir reformas mais profundas. Influenciados pelos ideais iluministas e pela experiência da independência americana, seus representantes passaram a defender o fim dos privilégios da aristocracia, justiça fiscal e maior participação política.
O conflito emergiu logo nos primeiros dias da reunião, pois o Terceiro Estado exigia o voto por cabeça — ou seja, um voto por deputado, o que refletiria mais justamente sua superioridade numérica. Contudo, o clero e a nobreza insistiam na manutenção do voto por ordem, garantindo, assim, o controle das decisões. Diante da negativa do rei em atender às reivindicações, os deputados do Terceiro Estado romperam com os procedimentos tradicionais e se declararam Assembleia Nacional, afirmando representar legitimamente a nação francesa.
Esse gesto teve profundo significado simbólico e político, pois rompeu com os pilares do Antigo Regime e marcou o início de uma nova era. A partir de então, o poder absolutista do rei começou a desmoronar frente à emergência de uma nova ordem política baseada na soberania popular e nos princípios da cidadania moderna.
Um dos estopins mais relevantes desse processo foi a proposta de aumento de impostos exclusivamente sobre o Terceiro Estado. Com as finanças públicas à beira do colapso, o rei Luís XVI e seus ministros buscaram aumentar a arrecadação mantendo os privilégios fiscais do clero e da nobreza. Essa proposta foi recebida com intensa indignação pela população e pelos representantes do Terceiro Estado, que já arcavam com o maior ônus tributário do reino.
O sistema fiscal francês era profundamente injusto e desigual. Enquanto as camadas privilegiadas estavam isentas de impostos ou contribuíam com valores simbólicos, os trabalhadores, camponeses e a burguesia pagavam tributos excessivos, sustentando os luxos da corte e os gastos militares. A tentativa de reforçar esse sistema opressor foi o estopim para o levante revolucionário.
O impasse institucional agravou-se ainda mais após a proclamação da Assembleia Nacional. A recusa do rei em aceitar as novas demandas populares e sua tentativa de conter os avanços revolucionários por meio do envio de tropas geraram uma onda de pânico e resistência entre os parisienses. Espalharam-se rumores de que o monarca planejava dissolver a Assembleia e prender seus membros.
Foi nesse cenário de forte tensão que ocorreu, em 14 de julho de 1789, a célebre Tomada da Bastilha — um dos marcos simbólicos mais importantes da Revolução Francesa. A Bastilha era uma fortaleza medieval usada como prisão política e símbolo do autoritarismo real. Movidos pelo temor da repressão e pela revolta contra o regime, milhares de cidadãos armados invadiram a fortificação em busca de pólvora e armas.
A queda da Bastilha não teve apenas importância militar. Seu significado histórico está na ruptura definitiva com o Antigo Regime e na ascensão do povo como protagonista das transformações sociais e políticas. A partir desse evento, consolidou-se a noção de que o poder emana do povo, e não mais de uma autoridade divina encarnada no rei. Por essa razão, o dia 14 de julho de 1789 é considerado o marco do fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea.
Logo após a queda da Bastilha, uma série de revoltas camponesas eclodiu em diversas regiões da França. Propriedades aristocráticas foram invadidas, arquivos fiscais destruídos e o temor de uma reação monárquica se espalhou. Diante da força do movimento popular, Luís XVI foi forçado a reconhecer oficialmente a Assembleia Nacional Constituinte, consolidando o início das reformas políticas que redefiniriam o destino da França.
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Os Jacobinos
Os Jacobinos foram o grupo político mais radical durante o período revolucionário francês. Representando os interesses das camadas populares urbanas, como os sans-culottes (trabalhadores pobres das cidades), defendiam reformas profundas e rápidas. Robespierre, Saint-Just, Marat e Danton foram algumas das lideranças mais notáveis desse grupo.
Durante a Convenção Nacional, os Jacobinos assumiram o poder e implantaram o período conhecido como “Terror” (1793–1794), no qual milhares de pessoas foram executadas sob acusação de traição à Revolução. Apesar do autoritarismo, os Jacobinos instituíram medidas importantes, como a abolição da escravidão nas colônias francesas, a reforma agrária, o controle de preços e a educação laica.
Contudo, o excesso de violência e a centralização do poder causaram o desgaste do grupo. A queda de Robespierre, em 1794, marcou o fim do domínio jacobino e o início de um novo ciclo político.
Os Girondinos
Os Girondinos formavam a ala moderada da Revolução. Compostos principalmente por membros da alta burguesia, acreditavam na implantação de uma república liberal, na manutenção da propriedade privada e na necessidade de ordem e moderação nas reformas sociais. Temiam o poder das massas populares e se opunham à radicalização jacobina.
Durante os primeiros anos da Revolução, os Girondinos tiveram grande influência na Assembleia Legislativa e foram responsáveis pela declaração de guerra contra a Áustria e a Prússia, com o objetivo de propagar os ideais revolucionários. No entanto, com o agravamento das tensões internas e externas, sua liderança foi posta em xeque.
Em 1793, foram depostos pelos Jacobinos, e muitos de seus líderes acabaram executados. Ainda assim, suas ideias voltariam à cena com o fim do Terror e a instauração do Diretório.
A Planície
A Planície, ou Pântano, era composta por deputados que não possuíam uma posição política radical. Oscilavam entre os Girondinos e os Jacobinos, e seu apoio era decisivo nas votações da Convenção Nacional. Em muitos momentos, assumiram o papel de mediadores e foram fundamentais para a manutenção de um certo equilíbrio político.
Com a queda de Robespierre, a Planície passou a dominar o cenário político, optando por medidas mais conciliatórias e favorecendo a ascensão de uma burguesia mais conservadora. Representavam a necessidade de moderação em meio à turbulência dos anos revolucionários.
🎯 Resumo: Grupos Políticos na Convenção Nacional
📘 Grupos Políticos na Convenção Nacional
(Revolução Francesa)
🔵 Girondinos
👤 Perfil social: Alta e média burguesia — banqueiros, industriais e grandes comerciantes.
🧠 Ideias defendidas: Eram mais conservadores. Defendiam a proteção da propriedade privada e queriam manter o voto censitário (voto apenas para os mais ricos).
🏛️ Posição na Assembleia: Sentavam-se à direita — conhecidos como o grupo da direita política.
🟢 Jacobinos
👥 Perfil social: Pequena burguesia — advogados, médicos, professores, além de trabalhadores urbanos.
⚖️ Ideias defendidas: Defendiam reformas profundas, como o voto universal masculino, igualdade perante a lei e o fim dos privilégios aristocráticos.
⭐ Liderança: Robespierre, Saint-Just e outros representantes ligados ao povo.
🏛️ Posição na Assembleia: Sentavam-se à esquerda — identificados como grupo da esquerda.
🟡 Cordeliers
🧩 Perfil: Grupo mais radical que os jacobinos, representavam diretamente os interesses populares.
⭐ Liderança: Jean-Paul Marat e Georges Danton.
🪑 Posição: Ocupavam os assentos mais altos à esquerda, ficando conhecidos como “montanheses” (do alto da Montanha).
🔴 Planície
🔀 Composição: Deputados com postura política variável, que transitavam entre girondinos e jacobinos.
🎯 Interesses: Não tinham uma ideologia definida — decidiam suas posições de acordo com o momento político e seus interesses pessoais.
🏛️ Posição na Assembleia: Sentavam-se no centro do plenário — por isso, chamados também de “Pântano”.
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Fases da Revolução Francesa (1789–1799)
A Revolução Francesa se dividiu em várias fases distintas, cada uma marcada por avanços, recuos e intensos conflitos sociais:
1. Assembleia Nacional Constituinte (1789–1791): Após a reunião dos Estados Gerais e a proclamação da Assembleia Nacional, iniciou-se o processo de ruptura com o Antigo Regime. A Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, tornou-se o símbolo máximo do início da Revolução. Em agosto, foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento basilar para os direitos civis modernos. A Constituição de 1791 instituiu uma monarquia constitucional e restringiu os poderes do rei.
2. Assembleia Legislativa (1791–1792): Este período foi marcado por instabilidade política e pressões internas e externas. A tentativa de fuga do rei Luís XVI e a guerra contra países absolutistas contribuíram para a radicalização do processo revolucionário. Em 1792, após a invasão do Palácio das Tulherias e a prisão do rei, foi proclamada a República.
3. Convenção Nacional (1792–1795): A execução de Luís XVI e, posteriormente, de Maria Antonieta, representou o fim simbólico do Antigo Regime. Os Jacobinos tomaram o poder e implantaram o Terror, com perseguições e execuções em massa. A Convenção também promoveu reformas sociais profundas. Em 1794, a queda de Robespierre pôs fim ao período de violência, abrindo espaço para um governo mais moderado.
4. Diretório (1795–1799): Nesta fase, o poder ficou nas mãos da alta burguesia, que buscava estabilidade após os excessos anteriores. O Diretório enfrentou revoltas populares, conspirações internas e ameaças externas. A instabilidade favoreceu a ascensão de Napoleão Bonaparte, que se destacou por sua atuação militar.
O Golpe de 18 de Brumário
O golpe de 18 de Brumário, ocorrido em 9 de novembro de 1799, encerrou oficialmente a Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, com apoio de setores da burguesia e do exército, depôs o Diretório e instaurou o Consulado. O calendário revolucionário marcava a data como “18 de Brumário, ano VIII”.
O golpe foi relativamente pacífico e contou com a aceitação de grande parte da sociedade, exausta com a instabilidade política. Com Napoleão, iniciou-se uma nova fase na França, que combinava conquistas revolucionárias com um governo centralizador. Ele manteve avanços como o Código Civil, a igualdade jurídica e a secularização, mas também instituiu o controle da imprensa e se autoproclamou imperador em 1804, encerrando o ciclo iniciado em 1789.
As Revoluções Burguesas: contexto e significado
Para compreender plenamente a Revolução Francesa, é fundamental situá-la no contexto mais amplo das chamadas Revoluções Burguesas. Esse conceito é utilizado pela historiografia para designar um conjunto de movimentos políticos que, entre os séculos XVII e XIX, contribuíram para a derrocada das monarquias absolutistas e a consolidação do modelo de Estado liberal burguês. São revoluções lideradas, em grande parte, por setores da burguesia urbana, que buscavam transformar as estruturas sociais, econômicas e políticas herdadas do Antigo Regime.
Entre os principais exemplos dessas revoluções, destacam-se a Revolução Inglesa (século XVII), a Revolução Americana (1776) e, especialmente, a Revolução Francesa (1789). Esses processos históricos tinham em comum a luta por novos modelos de governo baseados em direitos civis, constituições escritas, separação dos poderes e ampliação da representação política. Além disso, as Revoluções Burguesas impulsionaram a difusão dos ideais iluministas, como liberdade, igualdade e soberania popular.
No caso francês, a burguesia — composta por comerciantes, banqueiros, juristas e profissionais liberais — desempenhou papel decisivo ao se opor aos privilégios da nobreza e do clero. Com uma economia em expansão e crescente influência cultural, essa classe exigia maior participação no governo e um sistema mais racional e justo de arrecadação tributária. A Revolução Francesa, portanto, pode ser compreendida como um movimento de reivindicação política e econômica da burguesia, que encontrou apoio em setores populares urbanos e rurais, ampliando o alcance da transformação.
As Revoluções Burguesas representaram, em grande medida, a transição entre dois modelos de sociedade: o feudal-absolutista, baseado na hierarquia de nascimentos e privilégios de sangue, e o capitalista-liberal, estruturado na igualdade jurídica entre os cidadãos, na propriedade privada e na liberdade de iniciativa econômica. Embora não tenham posto fim imediato às desigualdades sociais, esses movimentos abriram caminho para a formação dos Estados modernos e lançaram as bases do mundo contemporâneo.
É importante destacar que o termo “Revolução Burguesa” não significa que toda a população participou do processo com os mesmos objetivos. As revoluções desse tipo foram marcadas por contradições internas, alianças instáveis e conflitos entre diferentes grupos sociais. Mesmo assim, consolidaram a hegemonia política da burguesia nos séculos seguintes, especialmente na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.
A Revolução Francesa, ao abolir o absolutismo e proclamar os direitos do cidadão, tornou-se o mais emblemático e radical desses movimentos. Seus ideais se espalharam pelo mundo por meio das guerras revolucionárias, do Império Napoleônico e dos movimentos de independência na América Latina, sendo uma referência para diversos processos de emancipação política nos séculos seguintes.
Consequências da Revolução Francesa
A Revolução Francesa provocou mudanças irreversíveis na história mundial. Dentre suas principais consequências, destacam-se:
- O fim do Antigo Regime e da sociedade estamental baseada em privilégios hereditários;
- A consolidação da ideia de cidadania e do Estado laico;
- A difusão dos princípios iluministas, como liberdade, igualdade e fraternidade;
- A influência direta sobre movimentos de independência na América Latina e outras partes do mundo;
- A ascensão da burguesia como classe dominante no novo sistema capitalista;
- A criação de uma cultura política moderna baseada em eleições, constituições e direitos civis;
- O impacto cultural e simbólico, que reforçou a luta contra opressões e injustiças sociais.
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Conclusão
A Revolução Francesa foi um divisor de águas na história da humanidade. Seu legado ultrapassa fronteiras e séculos, inspirando lutas por liberdade, igualdade e justiça social. O processo revolucionário francês demonstrou o poder da mobilização popular, a importância das ideias e a possibilidade de transformação de sistemas aparentemente imutáveis. Com seus acertos e excessos, a Revolução deixou como herança um mundo novo, mais consciente dos direitos e deveres dos cidadãos.
📖 Referências Bibliográficas
- HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.
- LEFEBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
- VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Editora Unesp, 2007.
Autor: Paulo Henrique Pereira Ferreira.
Professor de História. Licenciado em História pela UEL. Especialista em Docência e Prática do Ensino de História.
Como citar este artigo:
FERREIRA, Paulo Henrique Pereira. A Revolução Francesa: O que foi?. Blog Educar História, [s.d.]. Disponível em: https://educarhistoria.com.br/a-revolucao-francesa-o-que-foi/. Acesso em: 12 maio 2025.
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A Revolução Francesa: O que foi?
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